quarta-feira, novembro 08, 2006

Conteúdos: para que? por que?




Bem sempre tive dúvidas porque tantos conteúdos a escola nos faz estudar, para que tanto, se muitas vezes decoramos e não entendemos o que estamos estudando. Infelizmente isto ainda acontece, a tal decoreba. Deparei-me nestes dias com minha sobrinha, pediu para eu a ajudar a estudar ciências, as perguntas eram o que é relevo, montanha, planície, entre outras entras. A menina decorou as respostas, quando alternei as perguntas não soube responder, porque não foi estimulada a pensar, raciocinar sobre cada pergunta e resposta. Ela mora no interior e as respostas estavam no seu próprio ambiente no seu cotidiano e a professora não explorou isto. Segundo a concepção da professora o importante era dar os conteúdos propostos pelo PPP da escola.
É preciso que as escolas façam estudos com seu corpo docente, sobre currículo, grade escolar e de que forma estes possam ser utilizadas nas salas de aula.
Grade curricular é a moneclatura das disciplinas de um currículo. Currículo já é muito mais, é o conjunto programado de atividades, para promover o conhecimento do aluno, os tais conteúdos. O currículo é uma necessidade do professor, porem é preciso pensa-lo de forma inovadora onde os alunos possam interagir com esses conteúdos, de forma clara, entendendo o processo da contrução da aprendizagem.
Infelizmente alguns professores ainda entram nas suas salas, pedem silêncio, fazem a chamada e falam sem parar por algumas horas, anotando no quadro e depois pedem para os alunos estudarem e fazerem os exercícios. É claro que é difícil romper barreiras, quebrar paradigmas e estar aberto ao novo, as mudanças. Mas não culpo os professores por ainda estarem engatinhando para uma educação inovadora, é preciso que haja formação continuada para os mesmos por meio das instituições, só assim a educação poderá começar a mudar e os professores terem a consciência para que servem os conteúdos.

2 Comments:

Blogger Sirlei said...

É isso aí Márcia, realmente mudar é preciso, o centro ainda é o professor mesmo que muitos digam que são inovadores mas a prática continua em pergunta (professor) e resposta (alunos) e o diário com notas de 0 a 10.
Gostei de seus comentários. Beijos

1:32 PM  
Blogger Iris said...

Márcia, querida

Ao trazeres o exemplo da tua sobrinha, tocaste num ponto importante. Quantas vezes deixamos de explorar o entorno, o ambiente em que vivemos, de perguntar o que as crianças já sabem e como explicam aquilo que veem diariamente, para depois tentarmos sistematizar este conhecimento que elas trazem. Ficamos no livro-texto que nos dá uma aparente segurança e não lembramos dos sistemas de significação dos nossos alunos. Ainda pensando no conteúdo estudado por tua sobrinha, seria interessante explorar as noções de espaço, tempo, limites, as explicações que dão para a origem ou os porquês dos acidentes geográficos para melhor compreender como assimilam os conceitos de montanha, planície e outros envolvidos no conteúdo.
Estás te recuperando bem? Sigo torcendo para que superes logo esta fase.
Abra@os, Iris

5:12 AM  

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